Sarampo: a preocupação da vez
Argentina

Sarampo: a preocupação da vez


Um lexo, por favor! Como diria Maitena. Ainda não me recuperei completamente da paranóia da nova gripe e lá vem mais. Quando vejo um pote de álcool em gel por aí seguro meu impulso de ir lá e colocar um pouquinho nas mãos. Só por las dudas. Também me controlo para não chamar a atenção das crianças quando seguram o corrimão da escada rolante do shopping. O mais bizarro é que ainda tento espirrar tapando a boca com o cotovelo, como orientavam os panfletos de prevenção contra a gripe. E neste inverno, depois de toda a família vacinada, li nos jornais que a maior preocupação era com a bronquiolitis. Ok. Contamos até dez e seguimos em frente.

A notícia da vez é a volta do sarampo. A nota de hoje do caderno de comunicações da escola pede para verificar a carteira de vacinação do aluno e enviar para eles uma cópia atualizada da mesma. Em caso de sintomas de sarampo, a criança deverá ficar em casa, só voltando às aulas com atestado médico afirmando que ela está "apta" para frequentar a escola.

No último dia 22, o Ministério da Saúde da Argentina emitiu um alerta epidemiológico depois de terem confirmado dois casos de sarampo em San Isidro, na província de Buenos Aires. Eram pessoas que estiveram na África do Sul para a Copa do Mundo, e que chegaram aqui e passaram a doença para duas crianças da família. Hoje saiu no jornal que há novos casos na província que não estão relacionados com essas pessoas, mostrando que o vírus voltou a circular no país.

No Brasil surgiu há poucos dias a notícia de que duas crianças teriam voltado da Argentina com sarampo, mas autoridades sanitárias daqui teriam afirmado que não há evidências de que elas teriam contraído a doença neste país. Altamente contagioso, o sarampo pode trazer complicações graves, principalmente para crianças menores de dois anos. Entre os sintomas da doença estão febre, tosse, conjuntivite, e manchas características na pele.  

O governo argentino iniciou há poucos dias uma campanha de vacinação nacional em massa. Normalmente as crianças tomam a vacina contra sarampo (tríplice viral) ao completar um ano e depois novamente aos seis anos. Agora, com a mudança no calendário, crianças entre 13 meses e 15 anos devem ter duas doses da vacina. Ou seja, quem tem menos de seis anos e ainda não tomou a segunda dose deve antecipá-la. Também pedem para dar uma dose para bebês entre seis e 12 meses. E as pessoas entre 16 e 50 anos que não tomaram uma dose da vacina nos últimos cinco anos também devem se vacinar de novo. Quem se vacinou em 2006 e 2008 na campanha contra rubéola estaria fora, porque a vacina serve também para o sarampo. As grávidas e pessoas imunodeprimidas não devem se vacinar contra sarampo. E atenção: este post tem conteúdo meramente informativo. Fale com seu pediatra antes de tomar qualquer medida!




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