Quando o presidente da Federação Internacional de Futebol diz que ?não existe racismo no futebol?, é porque algo está errado, muito errado.
Depois de mais casos envolvendo ofensas entre atletas, Blatter usa o senso comum e afirma que ?às vezes, no calor do momento, coisas erradas são ditas e feitas no campo de jogo?. Ainda complementou dizendo que ?no final da partida, tudo está acabado e você tem o próximo jogo para se comportar melhor.?
Tal declaração gerou revolta em muitos atletas, como Rio Ferdinand, e setores da imprensa mundial.
Um dos principais ataques veio de alguém que muitos brasileiros consideram um preconceituoso: Diego Maradona. O ídolo argentino afirmou que ?O racismo é inaceitável, e Sepp [Blatter] tem que agir imediatamente, porque os efeitos são muito ruins para o jogo e devem ser tratados o mais rapidamente possível?.
Curiosamente, há algumas semanas foi Maradona quem sofreu um ataque preconceituoso.
Na edição de novembro da Revista ALFA, a capa foi com Pelé. O jogador do século falou sobre sua vida fora dos campos. E, no final, sobrou para Dieguito.
A matéria diz: ?Como não poderia deixar de ser, no final da entrevista o Rei ainda arranjou espaço para alfinetar Maradona. Mas dessa vez foi mais irreverente: contou uma história em que uma atriz (Vera Fischer?), que acabara de sair de uma clínica de reabilitação, encontrou-se com o jogador argentino no aeroporto. Ao vê-la, Maradona exclamou: "Minha heroína!", ao que ela respondeu: "Meu crack!". Entende??