Os passeadores de cachorros são notórios em Buenos Aires. E as crianças acham o máximo olhar um cara puxando um monte de cães de vários tamanhos ao mesmo tempo. Contamos 15 outro dia sendo puxados por uma mesma pessoa. O que mais me impressiona é o bom comportamento dos animais. Andam juntinhos. Depois são amarrados em algum lugar enquanto o passeador devolve o cãozinho ao dono na porta de casa. E lá ficam os outros, quietos, resignados, bem comportados, parados, esperando, esperando? assim como na foto que tirei. Você passa morrendo de medo? e eles não fazem nada. Literalmente te ignoram. Pelo menos até hoje me ignoraram.
Há pouco tempo soube que tem uma lei que regulamenta o passeio e prevê multas para quem não cumprir as regras. Os passeadores profissionais só podem levar, no máximo, oito cachorros. Os donos, até três. E todos devem recolher o coco. Do cão, claro. Mas a fiscalização é fraca, e o resultado? O chão está todo "carimbado" em muitas calçadas do Barrio Norte, de Palermo, Caballlito e Flores. Tem horas em que a gente tem que passar pela rua com o carrinho de bebê, porque o caminho está com tantos "percalços" que o trânsito não flui na calçada. O pior é ficar o tempo todo alertando os pequenos a pular obstáculos. E quase sempre alguém acaba tendo o sapato melecado. Fique de olho ao brincar na grama de alguns parques, como o Las Heras e certos trechos do Tres de Febrero. Os passeadores costumam soltar os cachorros por lá para os bichos correrem e a grama fica muito suja de coco. Por isso, watch your step!