Na quinta-feira 23/12 fui a trabalho a Tucumán (1.500 Km de Buenos Aires) e aproveitei para esticar até Salta, que fica no norte da Argentina, fui de busão, De Tucumán até lá paguei: $95,00 (+/- R$ 44,00); a viagem é tranqüila, dura aproximadamente 4,5 horas e os ônibus até que são bons e seguros. A Debora foi de avião diretamente para Salta e nos encontramos a noite por lá.
Para chegar a esse lugar você passa por lugares incríveis, uma boa parte dela seguindo a linha do Trem das Nuvens. Seguimos pela Ruta 51, essa Ruta começa com Asfalto e depois boa parte segue por terra, tem uma paisagem muitas vezes desértica, mas linda.
Ruta 51
Nosso guia que se chama Franck Rudzki, em Salta mais conhecido como Franco, uma cara gente fina que fala perfeitamente o espanhol e nos deu altas informações sobre o lugar; primeiro paramos num sítio arqueológico chamado Santa Rosa de Tastil, que está a mais ou menos 105 km da cidade de Salta, fica ao lado de um “pueblito” que leva o mesmo nome, antes de subir ao sítio arqueológico paramos para tomar um cafezinho nesse pueblito e ir ao banheiro, no banheiro tirei uma foto muito interessante, pedindo para que não se jogue folhas de coca no mictório ... pois é a folha de coca nessa região da Argentina é tão utilizada como na Bolívia, e se vende abertamente em bares e lojas do gênero.
"Não jogar folhas de coca"
Franck Rudzki, nosso guia
Estrada que seguimos pela montanha
Neste sítio arqueológico, Pré-Inca, ficamos um bom tempo, buscando pontas de flecha feitas de um tipo de pedra vulcânica... eu encontrei uma pequenininha só que quebrada, é muito difícil de conseguir encontrar porque se mistura com as pedras e areia que formam todo o sítio. Uma pena que os arqueólogos não exploram mais a região, seguramente descobriram mais sobre a história desse povo que de uma hora para outra deixou a região e tudo leva crer que foi por algum fator climático.
Sitio Arqueológico de Santa Rosa de Tastil
Eu e Debora, dando uma de arqueologos
Foto estranha essa... isso é um Cacto Gigante
Aqui você percebe bem o tamanho da criança (cacto), ao fundo se pode se ver todo o tamanho do sítio arqueológico
Algumas muitas dezenas de anos para se chegar a esta altura
Bem, continuando nossa subida, paramos em alguns lugares para fotos e enfim chegamos a San Antonio de los Cobres, pelo que levantei tem aproximadamente 5.000 habitantes, e como disse me senti em plena Bolívia, me lembrou muito a viagem que fizemos em 2007 pela Bolívia, Peru e Chile. Em Los Cobres como é conhecida as ruas não são asfaltadas, o povo é muito simples e assim que vêem um turista chegando já vão aos montes atrás de você (as vezes isso enche o saco) para vender artigos de lã de llama, animal que aliás há aos montes por lá. E ficam bravos se você pechincha ou não compra ou pior, se você compra do concorrente que vende mais barato. Eu comprei um gorrinho, aí não tinha como a menina que me vendeu me negar tirar uma foto com ela. Isso é um assunto sério que aprendi na Bolívia, nunca peça para eles tirar foto com você, se você quer mesmo uma foto com eles, ou você paga ou você compra alguma coisa.
San Antonio de Los Cobres
Uma paisagem bem boliviana
Eu conheci a Bolivia e nessa cidade me senti lá mais uma vez
Casas de Adobe e llamas soltas como se fossem animais de estimaçao
Debora negociando produtos
Gorrinho de $20,00 com direito a uma foto sem cara feia...
O guia nos levou a um restaurante que se você for uma cara “xarope”, “boludo” e “fresco” talvez não coma, muito simplesinho, porém com uma comida deliciosa e o melhor... barata, principalmente pela quantidade que te servem: $40,00 (R$20,00): Empanada de entrada (show de bola), prato principal, refrigerante e sobremesa. Para você ter uma idéia a Debora (quase vegetariana) pediu um frango... os caras serviram ½ frango, ou seja... 1 prato daria seguramente para 2 pessoas.
Restaurante onde almoçamos en "Los Cobres"
Nao vou falar que ela está sem apetite porque ela me proibiu de falar isso
De lá continuamos pela estrada que ainda continua de terra por todo um altiplano (não seria bem altiplano, mas vamos chamar assim porque fica mais fácil de imaginar), você tem a sensação de estar próximo do céu, as nuvens estão tão próximas que fazem uma sombra no chão, bem diferente das que estamos acostumados aqui em baixo. Passamos por uma criação de Llamas, criação de Burros, que lá são animais muito usados, é muito barato comprar um burro, segundo nosso guia, com $700,00 você compra um tranquilamente... aliás, ali acho que você nem precisa comprar... eles ficam totalmente soltos, sem ninguém por perto, que é só colocar um numa caminhonete e ir embora (rsrs)... andamos mais de 1 hora por essa estrada e os poucos carros que vimos eram de turistas como nós, quase ninguém os poucos moradores que vimos vivem em casinhas feitas de Adobe (um tipo de tijolo caseiro)... imagino como deve ser noite por lá, silêncio total, céu estrelado, sem energia elétrica, sem televisão, com um frio quase abaixo de zero e vento ... muito vento.... e falando sobre vento...
Um mundo de burrinhos... linda paisagem, pena que 10 minutos depois esse céu azul deu lugar a uma tempestade de areia
Llamita, daqui a pouco virará almoço
Burrinho, coitado deve sofrer porque o pasto aqui é ralo, quase não há grama
Casal de Vicunhas
Uma pena que nao podemos curtir mais esse lugar devido ao forte vento, isso é uma ruína da epoca dos espanhois, atrás já está o salar...
Cemitério no caminho para o Salar, são dois morros com túmulos
Ele meio que complicou nosso passeio ... estávamos na estrada com destino ao salar: “Salinas Grandes”, que fica já em Jujuy, que é uma outra província argentina. Fomos pegos por uma tormenta de vento, parece brincadeira... tormenta de vento... mas vocês não imaginam o que é um vento forte no meio de um deserto de areia... tentamos sair por duas vezes do carro para tirar algumas fotos de algumas ruínas que estavam a beira da estrada, mas não deu não... o vento era tão forte que tinha sensação que a areia entrava na pele... o carro balançava de um jeito que uma hora o Franck quase fez uma “cagada”, quase perdeu a direção... mas tudo beleza, o cara manja de direção e não aconteceu nada... seguimos até o Salar, são 212 km² de puro sal... eu muito tonto, claro que quis experimentar e saber se realmente era salgado... aquele sal me deu uma “azia” (não sei se é assim que se escreve azia) do cão e não é que é salgado mesmo.
Uma paisagem linda, como se diz em castellano: “muy hermosa”, mesmo com todo o vento que incomodava valeu a pena conhecer esse lugar, agora que mais ainda quero conhecer e cruzar o “Salar do Uyuni” na Bolívia.
Uma imensidão de sal...
A Debora levitando...
Se tivesse calor e sem vento eu entraria aí... uma piscina de sal... eu experimentei a água e é salgada mesmo
Foto típica de turísta...
Veja o vento... estou voando... nem com todo meu peso consegui me manter no chão
Interessante que nesse salar em Jujuy eles “tentaram” copiar o salar da Bolívia, construíram um resturante (que hoje está desativado) todo de sal e é de sal mesmo, eu confirmei, experimentei e as paredes realmente são salgadas...
Aqui era um restaurante, todo construído com pedras de sal
Saindo do Salar seguimos agora descendo a montanha pela Ruta 52; levou um tempinho porque as nuvens prejudicavam a visibilidade e tivemos que seguir em baixa velocidade por quase todo o trajeto, só para você ter uma idéia do tamanho da descida, Pumamarca está a 2.324 metros de altitude, contra Salinas que está 3.450 metros... ou seja, mais 1.126 metros de montanha, lembrando claro que voltamos contornando a montanha, ou seja, isso leva tempo pra caramba.
Enfim chegamos a montanha das 7 cores (que fica junto a Pumamarca) por volta das 16:00 hrs, fotos e mais fotos e paramos para tomar uma cervejinha gelada num bar que sinceramente foi um dos melhores da viagem, sabe aquele bar antigo, velho... veja as fotos abaixos e acho que não preciso descrever mais nada, “uma foto vale mais que 1.000 palavras”...
Salta Gelada, $12,00
Ficou legal essa foto
Cão de Guarda, guarda das cervejas
Em frente ao bar do Nerso de Pumamarca, aqui é onde os Pumamarqueanos vão tomar uma gelada
Morro das 7 cores, tava meio nublado, não estava tão bom para tirar fotos
Morro das 7 cores, show de bola...
De lá seguimos para Salta, pois ainda tinha chão para rodar e ainda tínhamos compromisso pela noite...
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Bem.. agora estamos no Hostel (Perikos), a Debora tá fazendo uma comidinha gostosa, eu tomando meu vinho (Malbec)... bem antes que me chamem de machista... isso é uma brincadeira, eu estava na cozinha e a Debora somente me ajudando e nós dois tomando...
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